Em Boa Vista, um projeto inovador vem transformando a maneira como crianças e adolescentes se conectam com o futuro: o curso de Robótica Educacional oferecido pela Prefeitura Municipal.
Realizado no Centro de Ciência, Tecnologia e Inovação (CCTI), o programa atinge anualmente 256 alunos da rede pública e privada, incentivando desde cedo o raciocínio lógico, a criatividade e o trabalho em equipe.
Com nove anos de existência, a iniciativa aposta no ensino prático para desenvolver jovens talentos. As turmas, formadas por estudantes a partir dos 8 anos, aprendem a montar, programar e testar robôs utilizando kits tecnológicos e softwares de última geração.
“A Robótica Educacional é o primeiro passo para quem sonha em ser um cientista ou engenheiro. Em 40 horas de curso, os alunos se desafiam a resolver problemas e criar soluções inovadoras de maneira divertida e prática”, destacou o secretário municipal de Tecnologia e Inclusão Digital, Marco Cury.
Aprendizado que vai além da sala de aula
No CCTI, cada aula é uma nova oportunidade de colocar a mão na massa. Entre cabos, sensores e motores, estudantes como Raul Gomes, de 11 anos, se descobrem apaixonados pela tecnologia.
“Eu entrei por incentivo dos meus pais e adorei. A melhor parte é ver o robô funcionando depois que a gente monta e testa. Quero muito participar das competições”, contou o jovem.
De acordo com Pedro Ribeiro, coordenador do curso, o erro também é parte fundamental do aprendizado. “Errar faz parte do processo. As crianças se sentem desafiadas e isso fortalece a vontade de aprender e melhorar a cada aula”, afirmou.
O impacto do projeto já é sentido em outras áreas da vida dos participantes: além do aumento no interesse por ciências e tecnologia, muitos estudantes têm se destacado em avaliações escolares e ingressado em instituições que valorizam a inovação no ensino.
Rumo às competições
Outro diferencial do programa é o estímulo à participação em competições de nível nacional. No CCTI, duas equipes treinam focadas nesse objetivo: a Elite e a I Robot, compostas por alunos que se destacaram durante o curso.
Somente no ano passado, a equipe I Robot conquistou o 2º e o 3º lugar na etapa regional da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). Um dos responsáveis por esse sucesso é Saymon Aridai, de 14 anos, que relata como a robótica impactou positivamente sua vida.
“Aprendi a programar, a trabalhar em equipe e até a falar melhor em público. Tudo o que a gente aprende aqui leva para outras áreas da vida”, afirmou.
Além da OBR, os times também se preparam para torneios como o First Lego League Challenge (FLL), fortalecendo o espírito de competição saudável e o gosto pela tecnologia.
Futuro promissor
Com a robótica educacional, Boa Vista aposta em uma educação que prepara seus jovens não apenas para o mercado de trabalho do futuro, mas também para serem cidadãos criativos e inovadores.
“Nosso objetivo é formar uma geração que pense criticamente e transforme o mundo por meio da tecnologia”, concluiu Marco Cury.
No CCTI, o futuro já começou — e ele é feito de fios, engrenagens, código… e muita imaginação.