BOA VISTA — O Concurso de Quadrilhas do Boa Vista Junina, realizado na noite de quinta-feira (5), reuniu seis grupos na Arena Junina, dentro da programação dos 25 anos do evento. Considerado o Maior Arraial da Amazônia, o festival promoveu apresentações do Grupo de Acesso e da categoria Especial, que combinaram coreografias tradicionais com abordagens sobre questões sociais.

Foto: Jonathas Oliveira/PMBV – SEMUC.
De acordo com Chiquinho Santos, diretor executivo do concurso, a receptividade do público tem sido positiva. “Estamos vendo espetáculos sensacionais. Isso mostra que a gestão está investindo bem em cultura, e quem ganha com isso é o público”, afirmou.

Foto: Katarine Almeida/PMBV – SEMUC.
A Evolução Junina apresentou o tema “Mulheres, coragem, luta e democracia”, inspirado na trajetória de Maria Bonita, com destaque para o combate à violência de gênero. A quadrilha Arrasta Pé encenou “A cor da minha pele não te diz quem sou”, com foco na desigualdade racial. O grupo Tradição Macuxi levou à arena o enredo “O matuto na Marquês de Sapucaí”, unindo elementos da festa junina ao carnaval carioca.
Outros grupos também exploraram narrativas sociais e históricas. A Xamego na Roça encenou uma história ambientada no século XVIII sobre um relacionamento entre uma jovem escravizada e o neto de um fazendeiro. Já a quadrilha Zé Monteirão trouxe à cena o tema “Anacrônico”, com o relato de uma jovem que descobre ter uma doença grave e decide realizar seus desejos enquanto há tempo.
As apresentações prosseguem nesta sexta-feira (6), a partir das 19h, com os grupos Luar do Sertão, Coração do Sertão e Filhos de Macunaima (Grupo de Acesso), além de Furacão Caipira, Coração Caipira e Agitação (categoria Especial).