Boa Vista – A Arena Junina foi tomada por emoção e cores na noite desta terça-feira (3), com a abertura oficial do Boa Vista Junina 2025 — edição que celebra os 25 anos do maior arraial da Amazônia.
Na primeira noite de apresentações, quadrilhas dos grupos de acesso e especial encantaram o público com figurinos elaborados, coreografias bem marcadas e temas que despertaram reflexão e orgulho.
O presidente da Fundação de Educação, Turismo, Esporte e Cultura (Fetec), Dyego Monnzaho, destacou a estrutura montada para esta edição comemorativa.
“São 25 anos de Boa Vista Junina com superestrutura e segurança. Ampliamos a capacidade da Arena para receber o público e vimos essa plateia vir prestigiar com entusiasmo”, afirmou.
O espetáculo começou!
A quadrilha Joaninha Caipira, do grupo de acesso, abriu o tablado com o tema “Amazônia, o pulmão do mundo: em busca do equilíbrio dos quatro elementos”, abordando a importância da preservação ambiental.
Na sequência, a Coração de Estudante emocionou com o enredo “O Contador de Histórias em: A Nossa Vila Nordestina”, misturando afeto, tradição e solidariedade.
Encerrando as apresentações do grupo de acesso, a Namoro Caipira trouxe o tema “Eu Sou o Tempo”, convidando o público a valorizar passado, presente e futuro. A apresentação terminou com uma homenagem à fundadora da quadrilha, Albaniza Monteiro.
Grupo Especial entra em cena
A estreia do Grupo Especial ficou por conta da Espantalho Junino, que apresentou o tema “Na Trilha do Sertão, onde coragem é lei e liberdade é paixão”, retratando a força dos cangaceiros através da história de Maria Bonita e Lampião.
Logo depois, a quadrilha Explosão Caipira levou à Arena o enredo “25 anos – É festa no Reino de São João!”, com direito a casamento, homenagens a Santo Antônio e lembranças ao fundador do grupo, Joel Rodrigues, falecido em 2020.
Encerrando a noite, a Eita Junino trouxe “A Arte de quem Vive da Fé”, homenageando artesãos de artefatos religiosos com uma apresentação repleta de efeitos visuais e mudanças rápidas de cenário.
Tradição que une gerações
A noite também foi de reencontros e memórias para famílias inteiras que acompanham o evento há anos. A professora Kayani Firmino, que assistia às apresentações com a mãe e o namorado, contou sua relação afetiva com o arraial:
“Desde criança eu dançava quadrilha. Antes, minha mãe vinha me assistir. Hoje, é nossa tradição. As quadrilhas daqui têm estilo próprio: as saias giram alto, os figurinos são feitos aqui mesmo. É diferente do Nordeste, de onde eu vim”, comentou.
Homenagens e representatividade
Durante o evento, foram entregues faixas aos representantes eleitos deste ano: Maria Lucarelly (Rainha da Diversidade), Érica Rodrigues e Rafael Nascimento (Casal de Noivos), além de Amanda Prola e Sanderson Cabral (Rainha Caipirinha e Rei Matuto).
O diretor Chiquinho Santos também prestou homenagem aos pioneiros do Boa Vista Junina, encerrando a noite com parabéns cantado em coro pelos 25 anos do arraial.