Na manhã da última terça-feira (5), foi assinado um Termo de Cooperação Técnica entre o SESI/SENAI Roraima e a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), com o objetivo de implantar o programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) no sistema prisional do estado. A ação inclui ainda a oferta de qualificação profissional aos internos.
Nesta primeira fase, 50 reeducandos da cadeia pública serão contemplados com aulas do ensino regular e o curso de Assistente Administrativo. A aula inaugural está marcada para este sábado nove, e os participantes terão a oportunidade de conquistar duas certificações: uma referente à escolarização e outra à formação profissional. “Transformação real e duradoura”, afirma diretora do SESI.
Durante a cerimônia, Gardênia Cavalcante, diretora da Escola do SESI Roraima, destacou o impacto social da iniciativa: “A celebração desta parceria representa um marco significativo para o estado de Roraima, pois reafirma o compromisso das instituições com a promoção da educação, da cidadania e da dignidade humana.
Ao levar a EJA juntamente com a qualificação profissional para o sistema prisional, estamos ampliando o acesso ao conhecimento, incentivando a reintegração social e criando uma oportunidade de retorno ao mercado de trabalho mais qualificado.”
Ela também reforçou que o programa se insere em uma política mais ampla de inclusão e desenvolvimento humano, e contribui para uma transformação “real e duradoura” na vida dos participantes.
Sejuc vê avanço em política de ressocialização
Para Maria José da Conceição, diretora do Departamento de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (DJDHC) da Sejuc, o projeto representa um marco histórico: “É promover uma sociedade inclusiva e segura. Com essa ação dentro do sistema prisional, nós iremos evoluir significativamente no processo de ressocialização e reintegração social.
A educação e a qualificação ajudarão essas pessoas a pensar num futuro melhor e mais independente, inclusive com possibilidade de inserção no mercado de trabalho ainda durante o cumprimento da pena.” Ela destacou ainda que, com os internos capacitados, será possível estabelecer novas parcerias com empresas privadas para fomentar oportunidades de emprego dentro do próprio sistema.
Compromisso com dignidade, educação e reintegração
A proposta é mais um passo concreto na direção de uma política prisional voltada à inclusão social. Para as instituições envolvidas, investir em educação é garantir mais dignidade e um caminho real de recomeço aos internos.
A iniciativa reforça o papel da educação como ferramenta central na reconstrução de trajetórias e na prevenção da reincidência criminal, contribuindo diretamente para a construção de uma sociedade mais justa, segura e igualitária.