SÃO PAULO (SP) – Em um movimento considerado um dos mais ousados de sua história, a Natura anunciou nesta semana sua Visão 2025-2050, um plano de longo prazo que busca transformar a empresa na primeira companhia 100% regenerativa até a metade do século. A proposta vai além da sustentabilidade e propõe a regeneração como lógica de negócios, com impactos positivos sobre o meio ambiente, a economia e a sociedade.
A iniciativa tem como ponto central a relação com a Amazônia, onde a Natura já atua há mais de 25 anos junto a comunidades extrativistas, contribuindo para a conservação de 2,2 milhões de hectares de floresta. A meta agora é ampliar essa proteção para 3 milhões de hectares até 2030 e reforçar a atuação com foco em equidade social, econômica e ambiental.
“Estamos propondo uma nova forma de pensar o desenvolvimento, com base na interdependência entre natureza, negócios e pessoas”, afirmou João Paulo Ferreira, CEO da Natura. “A floresta nos ensina que o crescimento pode ser coletivo e regenerativo.”
Compromissos de impacto
O plano prevê zerar as emissões líquidas de carbono próprias até 2030 e as indiretas (escopo 3) até 2050. Outro pilar é o uso de plásticos de origem renovável ou compostável em todos os produtos até 2050. A empresa também quer garantir que 100% das comunidades fornecedoras recebam por serviços ambientais, promovendo renda digna e inclusão produtiva.

Atualmente, a Natura já se conecta a 46 comunidades da sociobiodiversidade, beneficiando mais de 10 mil famílias na Amazônia. O objetivo é quadruplicar a compra de insumos da sociobioeconomia até 2030 e dobrar os recursos compartilhados com essas comunidades.
Na área social, a meta é que todos os consultores e consultoras de beleza da marca tenham renda digna até 2050, e que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dessa rede aumente em 10% até 2030.
Medição de resultados
Para mensurar seus impactos, a Natura utilizará o modelo Integrated Profit & Loss (iP&L), que converte efeitos socioambientais em valores monetários. Atualmente, para cada R$ 1 de receita, a Natura gera R$ 2,50 em impacto positivo para a sociedade. A meta é alcançar R$ 4 até 2030, com total transparência dos resultados.
Amazônia em destaque
A atuação da empresa na região amazônica se mantém como eixo estratégico. Além da conservação florestal, a Natura aposta na simbiose industrial — conceito que envolve parcerias com fornecedores e até concorrentes para otimizar o uso de recursos — e na valorização dos saberes tradicionais.
O plano chega em um momento de crescente mobilização ambiental no Brasil, às vésperas da COP30, que será sediada em Belém em 2025. A Natura é uma das empresas engajadas na preparação do evento, e deve participar ativamente da I Semana do Clima da Amazônia, entre os dias 14 e 18 de julho, na capital paraense.
Mais informações sobre os compromissos da Natura e sua atuação regenerativa podem ser acessadas no site oficial: www.natura.com.br e nos perfis nas redes sociais da marca.